A Unimed, maior rede de cooperativas médicas do Brasil, atravessa um momento crítico. A Unimed Nacional, responsável por 2 milhões de clientes, precisou de um aporte emergencial de R$ 1 bilhão das 300 cooperativas regionais para evitar uma possível intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Esse resgate financeiro sem precedentes revela falhas graves na gestão do sistema, onde algumas unidades regionais são bem administradas, enquanto outras acumulam dívidas alarmantes.
A crise se agrava no Rio de Janeiro. A Unimed Ferj, que assumiu a carteira de clientes da Unimed-Rio, acumula uma dívida de R$ 2 bilhões com hospitais e clínicas. Como resultado, a Rede D’Or anunciou que suspenderá o atendimento a clientes da Unimed Ferj a partir de fevereiro de 2025. O atraso nos pagamentos já compromete o acesso de milhares de beneficiários a serviços essenciais.
Para evitar um colapso, a ANS firmou um acordo concedendo prazo até março de 2026 para que a Unimed Ferj regularize sua situação financeira.
Impacto para outras unidades
A crise na Unimed Nacional gera preocupação entre cooperativas financeiramente saudáveis, como a Unimed Rio Preto. A necessidade de contribuir com 10% das reservas técnicas para auxiliar a matriz pode reduzir os recursos disponíveis para investimentos locais. Além disso, a percepção de instabilidade pode afetar a confiança dos clientes no sistema como um todo.
Diante desse cenário, especialistas recomendam que a Unimed Rio Preto reforce sua transparência e eficiência na gestão, comunicando claramente aos seus beneficiários e cooperados as medidas para garantir a continuidade e a qualidade dos serviços.
A crise da Unimed segue em evolução e pode ter novos desdobramentos. Acompanhe as atualizações e entenda os impactos desse cenário para o futuro da saúde suplementar no Brasil.