A rede varejista Grupo Super Barão obteve uma decisão judicial que impede fornecedores e prestadores de serviços de interromperem entregas à empresa, mesmo após o pedido de recuperação judicial. A juíza Laura Ribeiro de Oliveira, da 25ª Vara Cível de Goiânia, concedeu tutela de urgência para garantir o abastecimento das lojas e a manutenção de serviços essenciais, evitando um possível colapso nas operações do grupo.
A decisão judicial
Em sua decisão, a magistrada:
✔ Proibiu fornecedores de suspender vendas, mesmo em pagamentos à vista;
✔ Determinou a continuidade dos contratos com locadores de pontos comerciais;
✔ Garantiu serviços básicos, como energia, água, telefonia e internet;
✔ Estabeleceu um “stay period” de 180 dias, suspendendo ações judiciais contra a empresa.
A medida busca evitar que a rede sofra com desabastecimento e paralisações que poderiam afetar seu fluxo de caixa e a relação com mais de 250 fornecedores. A juíza destacou que a interrupção no fornecimento impactaria diretamente 9 mil itens nas prateleiras, prejudicando a reestruturação da empresa.
Crise financeira e reestruturação
O Super Barão enfrenta dificuldades desde 2021, quando uma expansão acelerada, somada à alta dos juros e queda na rentabilidade, levou a empresa a uma crise financeira. A situação se agravou com disputas entre sócios, resolvidas apenas judicialmente.
Desde então, a rede:
✔ Reduziu pela metade o número de lojas e funcionários;
✔ Iniciou um plano agressivo de reestruturação;
✔ Agora tem 60 dias para apresentar um Plano de Recuperação Judicial, sob risco de falência.
Próximos passos
Com a decisão, a empresa ganha um fôlego temporário para negociar com credores e reestabelecer suas operações. No entanto, o desafio será apresentar um plano viável à Justiça nos próximos dois meses, garantindo sua sobrevivência no competitivo mercado varejista.
Especialistas alertam que, embora a medida judicial proteja a empresa no curto prazo, a confiança de fornecedores e investidores só será restaurada com um plano financeiro sólido.
📌 Acompanhe os desdobramentos deste caso que impacta o varejo goiano.
(Com informações do portal Rota Jurídica e documentos judiciais)